terça-feira, 5 de junho de 2012

Quase Metade Dos Americanos Acreditam no Criancionismo

Na Mira da Verdade - A união dos EUA com o Vaticano foi profetizada? 10-05-2011


O dízimo é válido ainda hoje?


Podemos acreditar na historicidade da Bíblia?


Mateus 5:19 afirma que todos serão salvos, mesmo se não cumprirem a lei?


Na Mira da Verdade - Como interpretar textos difíceis da Bíblia?


Na Mira da Verdade - Arrependimento de Deus


O sábado ainda deve ser guardado? Jesus não aboliu o sábado?


Reavivados por sua palavra - Êxodo



O projeto Reavivados por Sua Palavra prevê a leitura de um capítulo por dia da Bíblia. No dia 6 de junho, começou a leitura de Êxodo. O segundo livro da Bíblia Sagrada trata principalmente do livramento do povo de Israel do Egito. O livro, com 40 capítulos e atribuído a Moisés, mostra como Deus conduziu esse povo e registra, inclusive, o momento em que o povo recebeu os dez mandamentos. Confira um vídeo com o resumo apresentado pelo pastor Erton Köhler, líder sul-americano adventista.

A Verdade Sobre a Morte

Impacto Esperança





Impacto esperança 2012. Mais de 13 milhões de livros "A Grande Esperança" entregues no estado de São Paulo. Pr. Ted Wilson, Líder Mundial da IASD participou juntamente com a liderança da América do Sul e do Estado de SP na distribuição da literatura no dia 24 de março, e no fim da tarde, mais de 60 mil pessoas participaram da comemoração dos 20 anos da música jovem (CD JA) no Vale do Anhangabaú.


http://adventismoemfoco.wordpress.com/

A ameaça da amnésia alemã


A situação da Europa é séria – muito séria. Quem teria pensado que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, apelaria aos governos da zona euro para reunir coragem para criar uma união fiscal (com orçamento e política fiscal comuns e dívida pública solidariamente garantida)? E Cameron defende também que a integração política mais profunda é o único caminho para parar a desagregação do euro. Um primeiro-ministro britânico conservador! A casa europeia está em chamas, e Downing Street está pedindo uma resposta racional e resoluta do corpo de bombeiros. Infelizmente, o corpo de bombeiros é liderado pela Alemanha, e seu chefe é a chanceler Angela Merkel. Como resultado, a Europa continua tentando apagar o fogo com gasolina – a austeridade imposta pelos alemães – com a consequência de que, em três meros anos, a crise financeira da zona euro se tornou numa crise existencial europeia.

Não nos iludamos: se o euro se desagrega, assim acontecerá à União Europeia (a maior economia do mundo) [basta ler Daniel 2 para notar que essa situação já havia sido prevista cerca de 600 anos antes de Cristo],espoletando uma crise econômica global numa escala que a maior parte das pessoas hoje vivas nunca conheceuA Europa está à beira de um abismo, e certamente cairá nele, a não ser que a Alemanha – e a França – alterem seu rumo.

As recentes eleições na França e na Grécia, juntamente com eleições locais na Itália e distúrbios continuados na Espanha e na Irlanda, mostraram que o público perdeu a fé na rígida austeridade que a Alemanha lhes impôs. O remédio radical de Merkel colidiu com a realidade – e com a democracia.

Estamos mais uma vez aprendendo da maneira mais difícil que esse tipo de austeridade, quando aplicado no decorrer de uma crise financeira importante, apenas leva à depressão. Essa perspectiva devia ser do conhecimento comum; foi, apesar de tudo, uma lição importante das políticas de austeridade do presidente Herbert Hoover, nos Estados Unidos, e do chanceler Heinrich Brüning, na Alemanha de Weimar, no início da década de 1930. Infelizmente, a Alemanha, entre todos os países, parece tê-la esquecido.

Como consequência, o caos paira na Grécia, assim como a perspectiva de próximas corridas aos depósitos bancários na Espanha, Itália e França –provocando uma avalanche financeira que soterraria a Europa. E depois? Devemos desperdiçar o que mais de duas gerações de europeus criaram – um enorme investimento em construção de instituições que levou ao mais longo período de paz e de prosperidade na história do continente?

Uma coisa é certa: uma desagregação do euro e da União Europeia implicaria a saída da Europa da cena mundial [lembre-se de que os EUA é que levarão a história ao seu desfecho]. A política atual da Alemanha é ainda mais absurda à vista das amargas consequências políticas e econômicas que enfrentaria.

Compete à Alemanha e à França, a Merkel e ao presidente François Hollande, decidir o futuro do nosso continente. A salvação da Europa depende agora de uma mudança fundamental na atitude da Alemanha relativamente à política econômica, e da posição da França relativamente à integração política e a reformas estruturais.

A França terá que dizer sim a uma união política: um governo comum com controle parlamentar comum para a zona euro. Os governos nacionais da zona euro já estão agindo em uníssono como um governo de fato para lidar com a crise. O que está se tornando cada vez mais verdade na prática deve ser levado a cabo e formalizado.

A Alemanha, por seu lado, terá que optar por uma união fiscal. Em última análise, isso significa garantir a sobrevivência da zona euro com o poder econômico e os ativos da Alemanha: aquisição ilimitada dos títulos de dívida pública dos países em crise pelo Banco Central Europeu, europeização de dívidas nacionais através de eurobonds, e programas de crescimento para evitar uma depressão da zona euro e para impulsionar a recuperação.

Pode-se imaginar facilmente a celeuma na Alemanha sobre um programa desse tipo: ainda mais dívida! Perder o controle sobre nossos ativos! Inflação! Simplesmente não funciona!

Mas funciona: o crescimento induzido pelas exportações da Alemanha é baseado em programas desse tipo, em países emergentes e nos EUA. Se a China e a América não tivessem distribuído capital parcialmente financiado por dívida nas suas economias desde 2009, a economia alemã teria sofrido um sério golpe. Os alemães devem agora questionar-se se eles, que foram os que mais lucraram com a integração europeia, estão dispostos a pagar por esta o preço devido ou se preferem deixar que ela falhe. Para além da unificação política e fiscal e de políticas de crescimento para o curto prazo, os europeus precisam urgentemente de reformas estruturais dirigidas à restauração da competitividade da Europa. Cada um desses pilares é necessário para que a Europa ultrapasse sua crise existencial.

Entenderemos nós, alemães, a nossa responsabilidade pan-europeia? Certamente não parece que assim seja. Na verdade, raramente esteve a Alemanha tão isolada como agora. Quase ninguém compreende nossa política de austeridade dogmática, que vai contra toda e qualquer experiência, e consideram-nos bastante fora de rumo, senão mesmo dirigindo-nos para o tráfego que vem em sentido contrário. Ainda não é tarde demais para mudar de direção, mas agora temos apenas dias e semanas, talvez meses, em vez de anos.

A Alemanha se destruiu – e à ordem europeia – duas vezes no século vinte, e depois convenceu o Ocidente de que tinha chegado às conclusões certas. Só dessa maneira – refletida vividamente no seu apoio ao projeto europeu – conseguiu a Alemanha consentimento para sua reunificação. Seria simultaneamente trágico e irônico se uma Alemanha restaurada, por meios pacíficos e com a melhor das intenções, trouxesse a ruína da ordem europeia pela terceira vez.

(Joschka Fischer, Público)