sábado, 3 de maio de 2014

Reportagem - Série Juiz de Fora - 01/05/2014

Testemunho Vilma - Série Fortaleza - 01/05/2014

Testemunho Danielle - Série Juiz de Fora - 01/05/2014

Testemunho Itamar e Maria - Série Fortaleza - 24/04/2014

Começaram as Últimas Horas da Humanidade

Pesquisa da USP analisa a saúde de 1.500 adventistas do sétimo dia

Estudo pioneiro analisará o estilo de vida dos adventistas e compará-lo com o de uma população não pertencente à Igreja
por Neto Gregório

Pesquisa da USP analisa a saúde de 1.500 adventistas do sétimo diaPesquisa da USP analisa a saúde de adventistas do sétimo dia
Uma pesquisa científica pioneira realizada pela USP (Universidade de São Paulo), que vem analisando o estilo de vida de membros da denominação no Brasil com idade entre 35 e 74 anos, promete trazer contribuições importantes para a saúde pública no Brasil.
Trata-se do Estudo ADVENTO (Análise de Dieta e Hábitos de Vida na Prevenção de Eventos Cardiovasculares em Adventistas do Sétimo Dia), financiado pela USP, Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e Incor (Instituto do Coração), e apoiada institucionalmente pela organização adventista. Embora os resultados ainda sejam preliminares, o estudo já mostrou menores níveis de colesterol, glicose, creatinina e marcadores inflamatórios nos indivíduos que têm um maior número de hábitos saudáveis, como dieta vegetariana ou mais próxima do que recomenda a Igreja Adventista.
O coordenador geral da pesquisa é o cardiologista do Incor do Hospital das Clínicas da USP e chefe da UTI do Hospital Adventista de São Paulo, Everton Padilha Gomes. Segundo ele, o estudo, proposto em sua tese doutoral, busca analisar o estilo de vida entre adventistas e compará-lo com o de uma população não pertencente à Igreja. “Este é um estudo pioneiro no Brasil por correlacionar dieta e aparecimento de aterosclerose subclínica. Graças a pesquisas semelhantes desenvolvidas em outros países, hoje se sabe, por exemplo, da importância de cuidados à pressão arterial e à dieta para a prevenção dessas doenças”, explica Gomes.
Além da dieta, a pesquisa clínica leva em conta também outros hábitos de vida, a exemplo de tabagismo e etilismo passado, bem como o estado psicossocial, padrões de desempenho neuro-cognitivo e capital social (capacidade de assistência ou rede de solidariedade que uma pessoa possa contar).
No total, 1.500 adventistas serão pesquisados, divididos em três grupos: 700 ovolactovegetarianos, 300 vegetarianos estritos e 500 não-vegetarianos.

Parcerias

Diante das possíveis contribuições do estudo para a saúde pública no País, o objeto de estudo vem despertando o interesse de outros grupos de pesquisa. “Pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo também já começaram a desenvolver estudo semelhante”, informa.
De acordo com o coordenador geral do Estudo ADVENTO, no decorrer da investigação vem surgindo também parcerias com o setor privado. “A empresa de cosméticos Natura, que conta com um setor voltado para pesquisas, doou equipamentos para que analisemos também a pele dos adventistas”, ressalta.
Para a realização da pesquisa, a universidade brasileira firmou ainda um convênio técnico com a Loma Linda University, nos Estados Unidos, que acaba de divulgar os resultados de um segundo estudo científico de longo prazo, o Loma Linda University Adventist Health Study-2 (AHS-2), que concluiu que aqueles que são vegetarianos têm menos risco de doença cardíaca, em comparação com aqueles que comem carne.
O AHS-2 pesquisou 96 mil indivíduos dos Estados Unidos e Canadá. O primeiro, denominado AHS-1, foi realizado entre 1974 e 1988 e, a partir do exame da saúde de mais de 34 mil adventistas na Califórnia, Estados Unidos, concluiu que o grupo examinado vivia mais que os demais habitantes da região.

Foco das atenções

Segundo acredita o pesquisador, a sobrecarga no sistema público de saúde desperta cada vez mais o interesse de organizações governamentais e privadas em pesquisar grupos que estão mais próximos daquilo que a sociedade médica recomenda para uma melhor saúde, adotando hábitos efetivos na prevenção de doenças. Por isso, grupos como os adventistas tem se tornado foco das atenções.

Site da pesquisa

Estudo ADVENTO conta com uma página oficial na internet que traz informações sobre seus objetivos e onde também são respondidas dúvidas dos internautas e esclarecidas questões alusivas aos métodos e procedimentos adotados para a coleta de dados, bem como em relação a quem pode fazer parte do grupo considerado.
De acordo com o médico, ainda estão sendo admitidos adventistas dos Estados de São Paulo e Espírito Santo para participarem do grupo que será analisado.
*Colaborou Márcio Tonett
FONTE;http://noticias.gospelprime.com.br/usp-estudo-advento-saude-adventistas/