terça-feira, 30 de agosto de 2016

William Bonner e Fátima Bernardes se separam

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Fim do casamento de 26 anos 
O discurso de defesa da presidente Dilma Rousseff no Senado deveria ser destaque em todos os jornais e nas redes sociais. Só que não. O assunto até foi bastante comentado durante o dia de ontem, mas logo acabou sendo ofuscado por uma verdadeira “bomba” midiática: a separação do casal William Bonner e Fátima Bernardes, depois de uma relação que durou 26 anos e lhes rendeu três filhos. No Twitter, os comentários revelavam a estupefação dos seguidores dos jornalistas. Vários diziam não mais acreditar no amor e no casamento. Ironicamente, no programa “Encontro com Fátima Bernardes”, na manhã de ontem, o tema foi como manter um casamento duradouro. Os entrevistados destacaram coisas importantes como paixão, respeito, companheirismo, tolerância. Mas ninguém falou do principal “ingrediente” para um casamento feliz e longevo: Deus. Sim, Aquele que é invocado no altar, quando são pronunciadas as palavras “O que Deus uniu não o separe o homem”.

O grande problema é que o casamento vem perdendo sua aura de santidade. A destruição gradativa da cosmovisão criacionista e a descrença nos primeiros capítulos da Bíblia – quando não nela toda – têm transformado o matrimônio em uma simples experiência de viver juntos, sem grandes responsabilidades; uma relação descartável baseada na conveniência. Quando se tem noção de que algo é santo, há respeito. Quando não, resta a desconsideração e, às vezes, até o desprezo.

Não vou julgar o casal global, até porque não tenho esse direito nem conheço os detalhes que envolvem a separação deles. Apenas quero aproveitar o “gancho” para refletir sobre um problema que vem assolando muitas famílias, inclusive as que se dizem cristãs: o drama da separação. É verdade que há casais que permanecem casados por toda a vida, numa relação de fidelidade e amor. Emocionam as histórias de idosos que perdem o cônjuge e, em seguida, se entregam à morte. Alguns morrem de mãos dadas. Ainda nesta semana comoveu o mundo a história do casal canadense octogenário que chorou desconsoladamente ao saber que cada um teria que viver em uma casa de repouso diferente. As pessoas se emocionam com esse tipo de história pois, no fundo do coração, é com isso que sonham. Querem um amor para a vida toda. Alguém que sinta a ausência do ser amado como se faltasse uma parte de si mesmo. A despeito desse anseio, mais da metade dos casamentos termina em divórcio. E no rastro dessas rupturas, frequentemente ficam crianças com os sentimentos destruídos, esmagados.

O que está faltando para os casais? Os programas de TV seculares, quando tratam do tema, geralmente enfatizam o aspecto sexual. Sem “novidades”, não há casamento que dure. Sem paixão, a graça da relação acaba. Mas um dia a idade impõe certos limites; o corpo já não é mais aquele de 20, 30 anos atrás. E aí, quando esse tempo chega, o que sobra?

E quanto aos defeitos morais, psicológicos, emocionais do cônjuge? Existe alguém perfeito? Separação vai resolver o problema? Um eventual novo relacionamento também não vai acabar revelando problemas diferentes – às vezes iguais – no caráter do “novo amor”? Evidentemente que há situações em que a manutenção de um relacionamento se torna inviável. É o caso da violência ou mesmo da infidelidade contumaz. Mas que tem havido cada vez menos coragem e disposição para lutar pelo casamento, isso tem. Homens têm se recusado a assumir seu papel de protetor, sacerdotes da família capazes de dar a vida pela esposa e pelos filhos. É verdade que até existem aqueles que dizem ser capazes de dar a vida, mas não se esforçam sequer por dar um pouco de tempo, de atenção, de carinho. Dizem que, se preciso, morreriam pela pessoa amada, mas não conseguem ou não querem sequer viver por ela.

Talvez contaminados pelo feminismo, ou pelo hedonismo, ou ainda pelo consumismo (que, aplicado aos relacionamentos, faz com que as pessoas sejam vistas como meros objetos para consumo), alguns homens não mais se preocupem com detalhes cavalheirescos como abrir a porta para a esposa ou dar-lhe uma flor ou um presentinho fora de hora. Vejo com tristeza situações reveladoras como um marido se levantar num ônibus e sair na frente, deixando a esposa para trás. Vejo indignado maridos não valorizarem a missão da mãe ou a beleza da mulher com que escolheram dividir o teto. Se não foi para respeitar nem fazer feliz essa mulher, por que a tiraram da casa dos pais? Por que casar com alguém a quem não se quer fazer feliz? Está faltando varonilidade neste mundo. Homens que sejam homens de verdade, segundo o plano de Deus. Que não se envergonhem de segurar a mão da esposa em público. Que sintam a alegria de protegê-la e demonstrar seu amor por ela.

Os homens, por sua vez, gostam de ser respeitados e valorizados. Será que as esposas têm feito isso? Será que elas têm se esforçado para reconhecer as boas qualidade do marido, ou tudo o que fazem é criticá-lo por causa de defeitos periféricos, deixando de reconhecer as virtudes e potencialidades do rapaz com quem escolheram se casar? É em casa, principalmente, que o homem recarrega suas baterias a fim de enfrentar o mundo hostil. Se, para a esposa, ele é o Super-Homem, não haverá obstáculo capaz de impedi-lo. 

Essas pequenas atitudes constroem os relacionamentos. Que tal pedir ajuda a Deus? Que tal ler (ou reler) bons livros sobre relacionamento conjugal e procurar colocar em prática os conselhos aprendidos (ou recordados)? Nos esforçamos para tantas coisas... Procuramos ler sobre o carro novo que queremos comprar; sobre o celular objeto de consumo; sobre o time do coração... Gastamos tempo com o mestrado, com os desafios do trabalho, etc. Dedicamos o melhor do nosso tempo e dos nossos esforços com coisas que um dia passarão. E a família? 

Casamento é uma invenção de Deus, criada e celebrada por Ele lá no Éden. Por isso, dificilmente funciona bem quando os cônjuges deixam seu Criador de lado. Casamento é uma bênção para a vida toda, quando convidamos o Deus da vida para permanecer conosco até a morte. É Ele quem abranda nossa impaciência e intolerância (quando pedimos, é claro). É Ele quem nos mostra os erros que nossos pais cometeram em relação a nós (muitas vezes sem querer), a fim de que não os repitamos em nosso lar. É Ele quem nos enche de amor desinteressado, pois Ele é a fonte de todo amor – Ele é amor. É Ele quem nos dá sabedoria para educar os filhos no caminho do bem e da verdade, a fim de que as bênçãos de que desfrutaram em nosso lar possam ser estendidas ao futuro lar deles, e dali para muitos outros lugares, numa relação em cadeia maravilhosa e bendita.

Casamento sem Deus é um risco; uma roleta-russa capaz de fazer muito estrago, causar muita tristeza. Casamento com Deus, quando Ele não fica apenas no altar e nas boas intenções, é uma escolha, uma decisão que tem consequências eternas.

O Salmo 127:1 diz: Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.” Se Deus não fizer parte do seu casamento, do seu lar, tudo será vão. Que tal dedicar tempo para orar juntos? Que tal começar hoje a separar um momento para o culto em família? É disso que precisamos!

Não olhe para os casais “perfeitos” que fracassaram. Não desanime! Olhe para Jesus e tenha a certeza de que Ele quer abençoar seu casamento e sua família. Deus nunca mudou de planos. O casamento continua sendo uma bênção. Depende de você aceitar e valorizar o presente. Todos os dias.

Michelson Borges
Fonte ;http://www.criacionismo.com.br/2016/08/william-bonner-e-fatima-bernardes-se.html