segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Eles queriam a verdade a qualquer custo

Conheci Oscar Romero e Elias Romero, pai e filho, hoje, na hora do almoço, aqui na Universidade Adventista do Chile (Unach), em Chillán. Quando meus amigos brasileiros e eu puxamos assunto com os dois chilenos, ficamos sabendo da história deles – uma história de sinceridade, coragem e dedicação a Deus. Oscar tem 52 anos e era pastor de uma igreja pentecostal em Santiago. No ano passado, os dois começaram a estudar mais dedicadamente a Bíblia Sagrada e foram descobrindo algumas verdades que lhes chamaram a atenção, entre elas a doutrina do sábado. Quase ao mesmo tempo, a esposa de Oscar, descontente com o canal de TV evangélico que costumava assistir, resolveu procurar outra emissora e encontrou a TV adventista Nuevo Tiempo. Gostou muito da programação e foi contando para o marido e para os filhos o que ia descobrindo por meio da TV. As verdades “coincidiram”.

Oscar foi conversar com o bispo de sua igreja e fez perguntas sobre vários assuntos, entre os quais o quarto mandamento da lei de Deus. O bispo disse saber disso, mas que eles seguem uma tradição (a observância do domingo) e que deveriam continuar fazendo isso. Para Oscar, aquela foi uma resposta de Deus. Ele, os filhos e a esposa queriam fazer a vontade do Senhor, não seguir tradições humanas.

A família Romero fez contato com líderes da Igreja Adventista e um pastor foi designado para estudar a Bíblia com eles. Foram quatro meses de estudos intensivos, pois eles tinham sede da Palavra. A partir dali, não perdiam um encontro, treinamento, curso, enfim, qualquer programação da igreja em que pudessem aprender mais sobre a Bíblia (por esse motivo estavam no simpósio teológico em que os conheci).

Oscar e Elias partilharam suas descobertas com os membros de sua igreja e quase metade deles as aceitaram. Depois de algum tempo, mudaram a placa da congregação.

Elias tem 23 anos e me garantiu que no ano que vem vai começar o curso de Teologia na Unach. Ele me disse também que o bom adventista é como um “aluno aplicado aos estudos” e que muitos evangélicos são como “alunos relapsos” que não estudam a Bíblia, confiam muito em seus líderes e em seus sentimentos. “Quando Jesus voltar, quero estar aprovado”, disse sorrindo, feliz e entusiasmado com a nova antiga verdade que descobriu nas páginas sagradas e grato por ter encontrado os cristãos que procuram praticar essa verdade.

Depois dessa conversa, fomos para baixo de uma árvore, fizemos uma oração e tiramos algumas fotos.

É muito bem ver como Deus tem chamado Seus filhos sinceros em todas as congregações e em todos os países. O desejo de Jesus continua sendo que haja um só rebanho em torno da única verdade (João 10:16).

Michelson Borges 

Oscar e Elias com os novos amigos: Pr. Alceu, eu, Pr. Diogo e Pr. Vinícius

Bíblia Fácil - 4ª Temporada - Juízo

Evidências - Religião Hebraica e Cananita, 2012

Nova lei proíbe conversões na Índia

Mudanças políticas irão dificultar a vida de convertidos a Cristo
                                                                                                                          por Jarbas Aragão
    Nova lei proíbe conversões na Índia
    Segundo país mais populoso do mundo, com mais de um bilhão de habitantes, a Índia é majoritariamente hinduísta. Agora, uma nova lei anticonversão pode marcar definitivamente a história da nação milenar.
    Desde 1968 há uma luta jurídica em relação ao Ato de Liberdade Religiosa de Madhya Pradesh, um dos Estados indianos mais populosos. A denúncia do Conselho Global de Cristãos da Índia anunciou que Shri Ram Naresh Yadav, governador do Estado, assinou a emenda que proíbe as pessoas de mudarem de religião sem autorização do governo. Ironicamente, a lei implica em seu nome a liberdade de culto.
    A pressão dos extremistas hindus é para que ocorra o mesmo muçulmanos, onde desde o nascimento a religião vem impressa nos documentos do cidadão. O país chega a essa decisão antidemocrática em meio às comemorações do 67º aniversário da independência da Índia do domínio inglês.
    Sajan George, presidente do Conselho Global, diz que “A democracia leiga da Índia está em perigo por causa da lei anticonversão”. A modificação de 2013, altera o 5º parágrafo da lei estadual e impõe aos sacerdotes que apresentem às autoridades locais todos os detalhes relativos à pessoa que decidiu mudar de religião, pelo menos 30 dias antes da cerimônia. Além disso, precisa fornecer uma lista com os nomes e endereços daqueles que desejam a conversão.
    Caso isso não seja feito, explica o líder cristão, “corre-se o risco de uma multa de 50 mil rupias (cerca de R$ 1.700) e até três anos de cadeia; ou 100 mil rupias (R$ 3.500) e até quatro anos de cadeia quando forem menores de idade ou pessoas sem castas ou de povos tribais”.
    George explica que “o governo tentou impor esta lei muito severa para agradar a maioria hindu, antes das próximas eleições”. No Estado de Madhya Pradesh fica a sede do Bharatiya Janata, partido ultranacionalista hindu que apoia grupos extremistas acusados de violência e perseguição contra as minorias étnicas, sociais e religiosas em toda a Índia.
    O temor dos cristãos é a medida seja ampliada para todo o país, o que causaria uma modificação na Constituição indiana, que assegura a liberdade religiosa. A Federação Evangélica da Índia apelou ao Supremo Tribunal, que reconhece que existe uma violação ao direito fundamental à privacidade previsto na Constituição da Índia. “A crença ou religião de uma pessoa é algo muito pessoal”, afirmou o tribunal em nota.
    “O Estado não tem o direito de pedir uma pessoa para divulgue qual é a sua crença pessoal… no caso de uma pessoa decidir mudar sua religião ao dar um aviso prévio aumentam as chances de o convertido ser submetido a tortura física e psicológica”.
    Até o momento o governo da capital Nova Deli não se manifestou sobre o assunto. Historicamente, hindus convivem com budistas, siques, jainistas, muçulmanos e cristãos. Por diferenças religiosas, a Índia perdeu território e viu surgirem dois países independentes: o Paquistão (1947) e Bangladesh (1971) ambos de maioria muçulmana.