Papa reúne 200 mil em encontro de Pentecostes no Vaticano
Papa Francisco criticou a falta de ética do homem na vida pública

Duzentos mil membros de vários movimentos religiosos se reuniram neste sábado na praça de São Pedro, na presença do Papa Francisco, para um encontro de Pentecostes organizado pelo ministério para a Nova Evangelização, anunciou o Vaticano.
"Assistimos a uma crise do homem que destrói o homem", alertou o Papa, que chegou à praça a bordo de um jipe.
"Na vida pública, política, se não há ética, tudo é possível (...) Lemos nos jornais quanto mal faz falta à toda a humanidade a falta de ética na vida pública", afirmou.
O Papa também criticou a primazia dos bancos sobre as famílias: "os investimentos que fazem os bancos cair são uma tragédia; se as famílias estão mal e não têm o que comer, não importa: esta é a nossa crise de hoje".
"A Igreja pobre para os pobres é contra esta mentalidade", defendeu.
Membros dos movimentos dos Focolares, Comunhão e Libertação, Caminho Neocatecumenal, Legionários de Cristo e Emanuel, entre outros, chegaram ao Vaticano vindos de todo o mundo para participar deste grande encontro de Pentecostes, organizado no âmbito do "Ano da Fé" pelo ministério para a Nova Evangelização, criado em 2010 por Bento XVI.
O evento, organizado por ocasião da festa de Pentecostes, que celebra o Espírito Santo, estava previsto antes da renúncia de Joseph Ratzinger e foi mantido por seu sucessor.
O bispo Salvatore Fisichella, que dirige o ministério para a Nova Evangelização, definiu estes movimentos religiosos como "um dos frutos mais evidentes" do Concílio Vaticano II (1962-65).
Estes movimentos, muito dinâmicos, são vistos por alguns como concorrentes das paróquias tradicionais, que estão em crise.
Neste domingo, o Papa celebrará a missa de Pentecostes na presença dos participantes deste encontro, na esplanada da Basílica de São Pedro.