sábado, 21 de setembro de 2013

O Papel do Espírito de Profecia na Preparação do Povo de Deus Para os Últimos Eventos da História


Os Mapas de Deus

Várias vezes, recentemente, minha esposa e eu temos viajado de carro de uma parte a outra dos Estados Unidos, atendendo a convites e compromissos. Essas viagens são sempre precedidas de um cuidadoso estudo de mapas. Devemos ir pela “rodovia sul” ou pela “rodovia norte?” Como chegar ao acampamento, igreja, instituição. Ao lugar exato onde serão realizadas as reuniões?
Em primeiro lugar, os mapas transcontinentais ajudam a determinar o percurso geral. Depois, os mapas estaduais mostram as melhores estradas da região. Para localizar as principais artérias e ruas nas cidades, precisamos de mapas das cidades, que mostrem as saídas das rodovias, os nomes das ruas e outras informações necessárias. Quando seguimos os mapas do país, dos estados e das cidades, não encontramos problema para chegar ao destino. Os mapas são muito importantes.
Para a viagem dos últimos dias rumo ao reino de Deus, Nosso Pai Celestial deu à Seu povo os “Mapas” indispensáveis par guiar-nos com segurança ao nosso glorioso destino.
O primeiro “mapa da Profecia” apresenta uma visão panorâmica do futuro. Nos evangelhos, Jesus respondeu à pergunta dos discípulos: “Que sinal haverá da Tua vinda e da consumação do século?” (Mat. 24:3). A resposta do Salvador apresenta sinais gerais que ocorreriam em muitas partes do mundo. Alguns sinais envolvem “nações” (Mat. 24:7). Outros afetam a todos os homens (Marcos 13:13) e “todos os que habitam sobre a terra” (Apocalipse 13:8).
Além disso, Deus nos dá o que poderíamos comparar a um “mapa estadual”. Ele revela acontecimentos que terão lugar em certos países ou nações. Os capítulos 2 e 7 de Daniel, e 13 e 16 de Apocalipse contêm ilustrações desse mapa regional.
Quando desejamos ter certeza quanto aos movimentos finais que afetarão nossa vida neste tempo, consultamos o terceiro mapa de Deus. O Seu “mapa da cidade”, se assim quisermos chamá-lo: os escritos de Ellen G. White, aos quais freqüentemente nos referimos no âmbito da igreja como o Espírito de Profecia. Nesse mapa confiável, nosso Pai traça os detalhes finais da jornada.
Sou grato a Deus por esse mapa, esse guia que Ele provê para Sua igreja dos últimos dias, a fim de capacitá-la a percorrer a parte mais perigosa da jornada rumo ao lar.
O “mapa da cidade”. O Espírito de Profecia. Não toma o lugar da Bíblia. Antes, revela em detalhes onde as rodovias e ruas se localizam em relação com nosso destino final.
A Palavra de Deus está firmada no Céu (Salmos 119:89). Deveria também estar firmada no coração e na mente de todos os adventistas do Sétimo dia. Ela é o Livro de Deus. A Mensageira de Deus para os últimos dias enfatiza repetidamente a importância básica da Bíblia. “As Santas Escrituras devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa” (O Grande Conflito, pp. 9-10). Mas existe a necessidade de detalhes para os últimos dias. Um anjo disse a Ellen G. White numa visão que o Testemunho dela deveria “abranger até as minudências da vida” (Testemunhos Seletos, vol. II., p. 283). Isso, então, pode ser comparado a um “mapa da cidade”.

Perigo à Vista!

Os mapas de Deus revelam problemas para Seu povo num futuro próximo: “O diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Apoc. 12:12). “E haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo” (Daniel 12:1). “Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes de sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o Testemunho de Jesus” (Apoc. 12:17). João acrescenta detalhes do conflito entre o poder da besta e o Remanescente de Deus. Esse conflito envolve perseguição e por vezes a morte.
Leal à Sua função, o Espírito de Profecia realça com freqüência as palavras da Escrituras, mostrando-nos que nos encontramos no limiar de grandes e solenes eventos. Eventos que ocorrerão justamente antes do grande dia de Deus. Somos advertidos com estas palavras: “Dá-se muitas vezes o caso de Se supor maior a angústia do que em realidade o é. Não se dá isso, porém, com relação à crise diante de nós” (O Grande Conflito, p. 621).
Deus revela através da Escritura e dos escritos de Sua Mensageira para os últimos dias a posição exata em que nos encontramos hoje em relação com a segunda vinda de Jesus e o tempo de angústia que precederá aquele dia de vitória. Ele traçou essa posição em detalhes. “As minudências”. De modo a preparar-nos para o que virá. “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o Seu segredo aos Seus servos, os Profetas” (Amós 3:7). Os mapas de Deus revelam claramente onde estamos hoje em nossa fornada final.
João, o Revelador, viu “quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, segurando os quatro ventos da Terra, para que nenhum vento soprasse sobre a Terra, nem sobre o mar” (Apocalipse 7:1). A Mensageira moderna une a sua voz a essa verdade, dizendo: “Anjos acham-se hoje a refrear os ventos das contendas, para que não soprem antes que o mundo haja sido avisado de sua condenação vindoura. Mas está-se formando uma tempestade, prestes a irromper sobre a Terra. E, quando Deus ordenar a Seus anjos que soltem os ventos, haverá uma cena de lutas que nenhuma pena poderá descrever” (Educação, p. 179).
Se estamos espiritualmente preparados para os desafiadores eventos diante de nós, saberemos que Deus não nos abandonará. “No tempo de prova diante de nós, a garantia de segurança da parte de Deus colocada sobre aqueles que guardaram a Palavra de Sua paciência. Cristo dirá a Seus fiéis: “Vai, pois, povo Meu, entra nos teus quartos, e fecha as tuas portas sobre ti, esconde-te só por um momento, até que passe a ira” (Isaías 26:20, Testimonies, vol. VI, p. 404).

Preparação Para o Desafio Diante de Nós

Precisamos Despertar!

O primeiro passo em nossa preparação para os espantosos dias à nossa frentes é despertar. Muitíssimos estão dormindo. Não dispomos de um milênio para preparar-nos para os dias que estão diante de nós antes do retorno de Jesus.
Ao descrever o povo de Deus no tempo de Laodicéia, a serva do Senhor diz: “A linha divisória entre os mundanos em muitos professos cristãos é quase imperceptível. Muitos que no passado foram adventistas se estão conformando com o mundo. Com suas práticas, seus costumes, seu egoísmo. Em vez de levar o mundo a prestar obediência à lei de Deus, a igreja une-se cada vez mais ao mundo em transgressão. A cada dia a igreja se converte ao mundo “ (Testemonies, vol.VIII, pp. 118-119).
Essa declaração foi feita há 85 anos. Os adventistas do Sétimo Dia melhoraram? Muitos entre nós se comportam como o mundo, apresentam-se como o mundo, vestem-se como o mundo, comem como o mundo e envolvem-se nas atividades sociais e recreativas do mundo.
O apóstolo Paulo faz soar o brado de alarme para os que dormem: “Já é hora de vos despertardes do sono… Vai alta a noite e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas, e revistamo-nos das armas da luz” (Romanos 13:11, 12). Deus diz que é tempo de despertarmos!

A Preparação Compensa

Em dezembro de 1961, justamente com um pequeno grupo de outros missionários, fui surpreendido pelo fogo cruzado de dois exércitos hostis no Congo Belga (hoje Zaire). Durante quase uma semana enfrentamos a ameaça de ferimento ou morte, enquanto as forças das Nações Unidas e de Katanga lutavam no terreno da sede de nossa união em Elisabethville (atualmente Lubumbashi). Saímos dessa experiência penosa com ferimentos físicos mínimos porque, ao percebermos a iminência das hostilidades, preparamo-nos para o que viria. Colocamos barricadas no escritório com todo tipo de proteção que podíamos encontrar. Livros da biblioteca, arquivos, escrivaninhas, caixas, qualquer coisa. Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para proteger-nos contra as metralhadoras, morteiros e ataques de bazuca dirigidos contra o prédio de nosso escritório.
Como estávamos preparados, saímos do angustiante período de prova relativamente ilesos. No último grande tempo de angústia, aqueles que estiveram verdadeiramente preparados também poderão ter a certeza de sobreviver. Que passos deveríamos dar em nosso preparo para os eventos que se aproximam?

Reavivamento e Reforma

Os tempos nos quais vivemos constituem um desafio ao genuíno reavivamento e reforma. “A maior e mais urgente de todas as nossas necessidades é um reavivamento da verdadeira piedade entre nós. Buscá-Lo deve ser nosso primeiro trabalho” (Serviço Cristão, p. 41). “Tem que ter lugar um reavivamento e reforma, sob o ministério do Espírito Santo” (Idem, p. 42).
A palavra “reavivamento” vem da palavra latina “revivere”, “tornar vivo”. A definição em inglês, segundo o dicionário, é “recuperar de um estado de negligência ou desuso”. Tanto a Bíblia como o Espírito de Profecia apelam para um despertamento, um genuíno reavivamento e reforma que produza um povo cuja vida esteja em harmonia com “os mandamentos de Deus e a fé de Jesus” (Apocalipse 12:17).
A passagem do tempo e o aumento da maldade neste mundo não diminuem, mas acentuam a necessidade de sair de Babilônia e separar-se. Os adventistas do sétimo dia precisam atentar para esse chamado. O povo de Deus deve ser um povo separado, santo (II. Coríntios 6:14-18).
“Nossa única segurança está em permanecer como o povo peculiar de Deus. Não devemos ceder uma polegada aos costumes e modas desta época degenerada, mas manter-nos em independência moral, sem qualquer transigência com suas práticas corruptas e idólatras” (Testemonies, vol. V, p. 78). “Não devemos adular o mundo nem pedir-lhe perdão por ter que dizer-lhe a verdade. Devemos desprezar toda dissimulação. Arvorai a vossa bandeira para pelejar pela causa dos homens e dos anjos. Entenda-se que os adventistas do sétimo dia não podem aceitar transigências. Em vossas opiniões e fé não deve haver a menor aparência de incertezas. O mundo tem direito a saber o que esperar de nós” (Evangelismo, p. 179).
“Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29:13). Dedicação completa e inteira consagração constituem requisitos para enfrentar prontamente o desafio dos últimos dias, o sentido de estarmos preparados quando Jesus vier.

Manter as Prioridades na Perspectiva Correta

Precisamos conhecer as prioridades de Deus. Uma vez Jesus disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua Justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas” (Mat. 6:33).
Os adventistas do sétimo dia são um povo ocupado. Os obreiros denominacionais estão envolvidos com praxes, problemas financeiros e de pessoal, e muitas outras responsabilidades relacionadas com a mecânica da igreja. Os membros leigos também levam pesados fardos. Eles têm seu emprego, famílias para manter, responsabilidades dentro da comunidade a desempenhar. Muitos são oficiais na igreja, e deles se espera que empreguem algum tempo durante a semana em atividades da igreja. Há campanhas e promoções especiais que desafiam os membros a ganhar almas, alcançar o alvo da recolta, participar do trabalho de assistência social e de numerosos outros programas da igreja. Há reuniões de comissões diretivas a assistir. Sim, os adventistas do sétimo dia são um povo ocupado. Sob essas circunstâncias, seria fácil excluir a mais elevada prioridade de Deus. Buscar em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça.
Quanto tempo empregamos cada dia em buscar o reino de Deus e Sua justiça? Que dizer acerca do estudo da Bíblia e da oração, meditação e devoção pessoal?
Em sua igreja, você dedica aos que estão abandonando a igreja tanto tempo tanto tempo quanto dedica a relatar seus batismos? Os relatórios estatísticos indicam que um número muito elevado de nossos conversos entra pela porta da frente da igreja, apenas para sair pela porta de trás pouco tempo depois. Esse é um desafio que deveria ser colocado num dos primeiros lugares de nossa lista de prioridades. Tanto a conquista como a conservação das almas tem importância suprema na igreja Remanescente de Deus. Sim, necessitamos de um renovado estudo de nossas prioridades, um estudo como nunca antes foi feito.

Preparação Para a Chuva Serôdia

Ao enviar Seus discípulos para evangelizarem o mundo, Jesus sabia que, a humanamente falando, cumprir a missão com bom êxito era uma impossibilidade. A maldade se multiplicava. O maligno controlava as famílias e as nações. As mesmas condições existem hoje. A humanidade precisa receber ajuda divina. Deus prometeu essa ajuda.
“E acontecerá depois que derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne. Vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões. Até sobre os servos e sobre as servas derramarei o Meu Espírito naqueles dias. Fará descer, como outrora, a chuva temporã e a serôdia” (Joel 2:28, 29 e 30).
Essa é uma predição feira para os nossos dias acerca do derramamento do Espírito Santo. O Espírito de Profecia coloca uma inspirada lente de aumento sobre essa gloriosa predição. “Em visões da noite passaram perante mim representações dum grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram operados. Viu-se um Espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecostes. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um Espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte para a proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial. Grandes bênçãos eram recebidas pelo fiel e humilde povo de Deus” (Testemunhos Seletos, vol. III, p. 345).
Que cena! Reforma! Louvor! Milagres! Intercessão! O poder do Espírito Santo em ação na igreja de Deus! Portas abertas! O mundo iluminado! A obra concluída! O Salvador voltando!
Os discípulos se prepararam para o derramamento da chuva temporã. Os membros da igreja Remanescente de Deus devem preparar-se para receber a chuva serôdia e seu poder. Observemos estas palavras da pena inspirada: “Ao esperarem os discípulos pelo cumprimento da promessa, humilharam o coração em verdadeiro arrependimento e confessaram sua incredulidade… Os discípulos oraram com intenso fervor para serem habilitados a se aproximar dos homens. …Pondo de parte todas as divergências, todo o desejo de supremacia, uniram-se em íntima comunhão cristã. …Esses dias de preparo foram de profundo exame de coração. Os discípulos sentiram sua necessidade espiritual, e suplicaram do Senhor a santa unção que os devia capacitar para o trabalho de salvar almas. …Sentiam a responsabilidade que lhes cabia nessa obra de salvação de almas” (Atos dos Apóstolos, pp. 36, 37).
“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar” (Atos 2:1). Prevalecia uma atmosfera de unidade cristã. E quando o Espírito Santo veio, os resultados foram impressionantes. Os adventistas do Sétimo Dia em 1989 farão bem em estudar essa desafiadora experiência, com oração, a fim de também estarem preparados para receber a necessitada chuva do Espírito Santo para concluir a obra.

Vitória

A gravidade dos tempos em que vivemos não nos permite brincar com o pecado. “Ora, Aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da Sua glória” (Judas 24). Os solenes dias atuais não permitem um rebaixamento das normas de Deus. “O plano da redenção visa ao nosso completo libertamento do poder de Satanás” (O Desejado de Todas as Nações, p. 228).
Se esperamos permanecer firmes nos dias de prova justamente antes do retorno de nosso Senhor, precisamos ser vencedores. Jesus diz em Sua revelação a João: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus” (Apoc. 2:7).
Vencer é uma experiência atingível. “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédia de Nosso Senhor Jesus Cristo” (I Coríntios 15:57). “Tudo posso nAquele que me fortalece” (Filipenses 4:13). Essas promessas constituem uma preciosa fonte de encorajamento e força ao procurarmos viver para Jesus.
“Ninguém diga: Não posso remediar meus defeitos de caráter. Se chegardes a esta decisão, certamente deixareis de alcançar a vida eterna. A impossibilidade está em nossa própria vontade. Se não quiserdes não vencereis. A dificuldade real vem da corrupção de um coração não santificado, e da involuntariedade de se submeter à direção de Deus” (Parábolas de Jesus, p. 331).
O preparo para os dias que virão e para o segundo advento exige a vitória sobre o pecado em nossa vida através da ajuda e do poder de Cristo vivendo em nós.

Seguir as Diretrizes Divinas Quanto a um Viver Saudável

Paulo coloca diante de nós hoje uma desafiadora pergunta: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (I Coríntios 6:19).
A lente de aumento do Dom Profético é colocada sobre as palavras de Paulo, e lemos então: “Nossos corpos devem ser considerados como havendo sido comprados. Os membros do corpo devem tornar-se instrumentos de justiça” (O Lar Adventista, p. 128).
O viver saudável inclui oito elementos essenciais bem conhecidos pelos adventistas: “Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino. Eis os verdadeiros remédios. Toda pessoa deve possuir conhecimentos dos meios terapêuticos naturais, e da maneira de os aplicar. É essencial, tanto compreender os princípios envolvidos no tratamento do doente, como ter um preparo prático que habilite a empregar devidamente este conhecimento” (A Ciência do Bom Viver, p. 127).
Os adventistas do sétimo dia têm o privilégio especial de conhecer conselhos práticos sobre como obter e conservar a saúde. O mundo hoje está despertando para muitos conceitos de vida saudável que o Espírito de Profecia advoga há décadas: total abstinência de bebidas alcoólicas e fumo; pouco sal, açúcar e gorduras no alimento, e um regime vegetariano. Esses e outros princípios são agora defendidos por muitos no mundo ao nosso redor.
A adoção cuidadosa desses princípios ajudará a assegurar um corpo saudável para os dias que virão. É esse o desejo de Deus. “Amado, acima de tudo faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma” (III João 2).

Derribar o Preconceito

Embora os escritores inspirados predigam um tempo de angústia antes do advento do Senhor, não há razão para procurarmos apressar esse tempo. Quando Jesus encontrou a mulher samaritana junto ao poço, Ele deixou uma ilustração de como afastar o preconceito. Numa época em que não havia comunicação entre os judeus e samaritanos, Jesus a abordou com um tema de interesse comum. Surpreendeu-a com Seu comportamento bondoso a atitude sem preconceitos. Faríamos bem em seguir o exemplo do Salvador em nossos contatos com aqueles que não professam a nossa fé.
Diz a serva do Senhor: “É nosso dever fazer tudo ao nosso alcance, a fim de advertir contra o perigo iminente. Devemos esforçar-nos por destruir os preconceitos, assumindo a legítima atitude diante dos homens” (Testemunhos Seletos, vol. II, p. 152). Ao exercermos o nosso direito de liberdade religiosa, não devemos desnecessariamente ofender os que nos rodeiam. Se os nossos vizinhos, por exemplo, são sinceros em crer que o domingo deve ser observado como dia de repouso, devemos mostrar consideração e não envolver-nos em atividades que possam irritá-los e criar preconceito.

Investir Liberalmente na Obra de Deus

Disse Jesus: “Ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam nem roubam; porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6:20, 21).
“Casas e terras serão de nenhuma utilidade para os santos no tempo de angústia, pois terão de fugir diante de turbas enfurecidas, e nesse tempo suas posses não podem se liberadas para o avançamento da causa da verdade presente” (Primeiros Escritos, p. 56). Agora é tempo de investirmos na conclusão da obra, tanto em nosso país como nas missões de além-mar. Deus abençoará nossas dádivas liberais.
Durante o tempo de angústia, quando todas as fontes de ajuda para o povo de Deus parecerem esgotadas, Deus proverá nosso sustento. “Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas” (Isaías 33:16).
Ellen White amplia essas palavras: “Será para nós então tempo de confiar inteiramente em Deus, e Ele nos sustentará. Vi que nosso pão e nossa água serão certos nesse tempo, e que não teremos falta nem padeceremos fome, pois Deus é capaz de estender para nós uma mesa no deserto. Se necessário Ele enviaria corvos para alimentar-nos, como fez com Elias, ou faria chover maná do céu, como fez para os israelitas” (Primeiros Escritos, p. 56).

Apegar-se aos Pilares da Verdade

O preparo para os dias que virão requer dos adventistas do sétimo dia um sólido conhecimento dos pontos distintivos da verdade que nos tornaram um povo. “Virá o tempo e que sereis levados perante conselhos, e cada aspecto da verdade que mantendes será criticado severamente” (Testemunhos Seletos, vol. II, p.324). Somente seremos capazes de dar a razão de nossa esperança se tivermos estudado fielmente e claramente entendido a verdade para estes últimos dias.
“Pessoa alguma, a não ser os que fortaleceram o Espírito com as verdades da Escrituras, poderá resistir no último grande conflito” (O Grande Conflito, p. 592).
Paulo escreveu estas palavras de admoestação a Timóteo: “Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouvistes com fé e com amor que está em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós” (II. Tim. 1:13, 14). “O modelo das sãs palavras deve ser estimado mais que ouro e prata e todo atrativo terrestre” (Mensagens Escolhidas, vol. II, p. 252).
“Devemos agora entender quais são os pilares de nossa fé; as verdades que nos tornaram como povo o que somos, conduzindo-nos passo a passo” (Counsels to Whiters and Editors, p. 29).
“Quando o poder de Deus testifica quanto ao que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como verdade. Não devem ser acolhidas quaisquer suposições posteriores, contrárias à luz que Deus já deu. Levantar-se-ão homens com interpretações das Escrituras que para eles são verdade, mas que não são a verdade. Deus nos deu a verdade para este tempo como o alicerce de nossa fé. Ele mesmo nos ensinou o que é a verdade. Um e outro ainda se levantará com nova luz que contradiz a luz de Deus tem dado sob a demonstração de Seu Santo Espírito… não devemos aceitar as palavras daqueles que apresentam uma mensagem que contradiz os pontos especiais de nossa fé” (Idem, pp. 31-32).
Nestes últimos dias, muitas vozes procurarão afastar os discípulos, mas Deus pede que sejamos fiéis às verdades que nos tornaram um povo.

Partilhar a Fé

Se realmente amamos a Jesus, e se Ele é o primeiro, o último e o melhor em tudo para nós, seremos testemunhas Suas. Jesus deu “a cada um a sua obrigação” (Marcos 13:34). A serva do Senhor também enfatiza: “A cada cristão é designada uma obra definida” (Serviço Cristão, p. 9).
“Não é o desígnio do Senhor que se deixe aos ministros a maior parte da obra de semear a semente da verdade. Homens que não são chamados para o ministério, devem ser animados a trabalhar pelo mestre segundo suas várias aptidões. Centenas de homens e mulheres agora ociosos poderiam fazer obra digna de aceitação. Levando a verdade à casa de Seus amigos e vizinhos, poderiam fazer grande obra para o Mestre” (Testemunhos Seletos, vol. III, pp. 83, 84).
“Deve-se designar o posto do dever a cada pessoa que se une às nossas fileiras pela conversão. Todos devem estar dispostos a ser ou fazer qualquer coisa neste conflito” (Testemonies, vol. VII, p.30).
“Que a mensagem do evangelho soe através de nossas igrejas, convocando-as à ação universal” (Idem, p. 14). “Uma grande obra tem que ser feita. …Cada hora, cada minuto, é precioso” (Testemunhos Seletos, vol. III, pp. 309, 310).
Há tanto a fazer, e tão pouco é o tempo! Não devemos ficar ociosos, esperando que graves acontecimentos ocorram. Agora é o tempo de partilharmos nossa fé com aqueles que nos rodeiam.

Impressionante Final

“Então ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham” (Apocalipse 14:13).
Essas palavras aparecem justamente antes de uma descrição do retorno de Jesus em poder e glória nos versículos 14 e 16 do mesmo capítulo. A serva do Senhor nos faz recordar: “Muitos serão levados a repousar antes que a prova de fogo do tempo de tribulação venha sobre o nosso mundo” (Conselhos Sobre Saúde, p. 375). Alguns serão poupados dos rigores dos últimos dias, e dormirão em Jesus, esperando o chamado do Doador da Vida. Que preciosa certeza é essa, quando perdemos nossos amados nestas horas finais da história da terra!
Diante daqueles que permanecerem vivos está o desafio de se prepararem para qualquer coisa que Deus lhes tenha reservado. A serva do Senhor pergunta: “Aproxima-se a tormenta, inexorável em sua fúria. Estamos preparados para enfrentá-la?” (Testimonies, vol. VIII, p. 315).

Apelo

Paulo estende a nós este urgente convite: “Porque Ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri o dia da salvação: eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação” (II. Cor. 6:2).
Jesus, nosso todo-suficiente Salvador, estende Seus braços de amor para receber-nos na segurança de Sua abundante graça e incomparável poder. Suas bênçãos, proteção e Orientação para os dias desafiadores diante de nós serão nossas, quando abrirmos o coração e O convidarmos a tornar-Se o Senhor de nossa vida.
Texto do Pr. Robert H. Pierson, extraído do Site Centro White.
FONTE ;https://setimodia.wordpress.com/2010/08/27/o-papel-do-espirito-de-profecia-na-preparacao-do-povo-de-deus-para-os-ultimos-eventos-da-historia/