Há quase um ano do terremoto seguido de tsunami que devastou o Japão, um dos principais desafios da reconstrução do país tem sido lidar com o entulho deixado no rastro da tragédia.
As autoridades conseguiram limpar as ruas e restabelecer as condições mínimas de vida da população nos centros urbanos das províncias mais afetadas, as de Iwate, Miyagi e Fukushima.
O custo estimado de eliminação destes resíduos passa dos R$ 16,4 bilhões.
Para piorar o cenário, outras províncias se recusam a receber o material, com medo de que o entulho possa estar contaminado com resíduos da usina nuclear de Fukushima.
Por enquanto, apenas Tóquio e Yamagata estão colaborando.
No Japão, grande parte do lixo é reciclada ou incinerada, em centros de processamento. Uma pequena parte apenas é depositada em aterros sanitários, prática pouco usada no país por causa da falta de espaço físico.
O país também exporta alguns dejetos para outros países asiáticos. Mas, no caso do entulho acumulado na região nordeste do país, o medo da contaminação nuclear tem anulado qualquer tipo de ajuda.
Segundo cálculos do governo japonês, a eliminação total de todo o resíduo gerado pelo tsunami deve se estender até março de 2014.