por Jarbas Aragão
A Aliança Cristã Evangélica Brasileira reúne representantes de diversas denominações. O grupo também se posicionou contrário à indicação do pastor Marco Feliciano à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.
Posteriormente, teve um encontro pessoalmente com o deputado pastor e, embora seja contra o casamento gay, a Aliança Evangélica emitiu uma nota dizendo que “discerne e refuta posicionamentos que não façam jus à postura recomendada por nossa fé, pela integridade ética e por uma prática política democrática. Refutamos, outrossim, manifestações intolerantes e violentas produzidas por grupos que aviltam o debate democrático e o diálogo respeitoso, na tentativa de impor à força sobre toda a sociedade uma perspectiva particular”.
Agora, voltou a se manifestar sobre algumas declarações de Feliciano que foram usadas pela mídia como se fossem um entendimento de todos os evangélicos. O documento intitulado “Esclarecimento e repúdio quanto a suposta maldição sobre negros e africanos” fui publicado no site da entidade domingo (7). Seus membros fazem a abordagem de 10 pontos teológicos sobre o texto de Gênesis capítulo 9, versos 20 a 27.
A Aliança diz que “vem a público para repudiar o uso inadequado das Escrituras Sagradas, a Bíblia, juntamente com as interpretações e afirmações daí decorrentes, especificamente as feitas quanto a supostas maldições existentes sobre africanos e negros. Afirmações desta natureza são fruto de leitura mal feita de parágrafos bíblicos, tomados fora do seu contexto literário e teológico, que acabam por colaborar com os interesses de justificar pensamentos e práticas abusivas, contrárias ao espírito da Palavra de Deus, cujo foco está na Justiça, na Libertação e na promoção da Vida e Dignidade Humana”.
No final do texto, lamenta “o equívoco provocado por tal vulgarização do texto bíblico, bem como a banalização quanto ao conteúdo de nossa fé”. Curiosamente, o próprio pastor Feliciano já declarou que foi mal interpretado quando escreveu sobre o assunto em seu perfil do Twitter dois anos atrás. A manifestação da Aliança Evangélica ocorre na mesma semana que outra instituição do tipo, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs voltou a pedir a saída de Feliciano.
Leia na íntegra a nota da Aliança Evangélica aqui.