terça-feira, 9 de abril de 2013

Aliança Evangélica repudia declarações de Feliciano sobre africanos


A Aliança chama as afirmações de "fruto de leitura mal feita de parágrafos bíblicos".
por Jarbas Aragão

Aliança Evangélica repudia declarações de Feliciano sobre africanosAliança Evangélica repudia declarações de Feliciano sobre africanos

A Aliança Cristã Evangélica Brasileira reúne representantes de diversas denominações. O grupo também se posicionou contrário à indicação do pastor Marco Feliciano à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.
Posteriormente, teve um encontro pessoalmente com o deputado pastor e, embora seja contra o casamento gay, a Aliança Evangélica emitiu uma nota dizendo que “discerne e refuta posicionamentos que não façam jus à postura recomendada por nossa fé, pela integridade ética e por uma prática política democrática. Refutamos, outrossim, manifestações intolerantes e violentas produzidas por grupos que aviltam o debate democrático e o diálogo respeitoso, na tentativa de impor à força sobre toda a sociedade uma perspectiva particular”.
Agora, voltou a se manifestar sobre algumas declarações de Feliciano que foram usadas pela mídia como se fossem um entendimento de todos os evangélicos.  O documento intitulado “Esclarecimento e repúdio quanto a suposta maldição sobre negros e africanos” fui publicado no site da entidade domingo (7). Seus membros fazem a abordagem de 10 pontos teológicos sobre o texto de Gênesis capítulo 9, versos 20 a 27.
A Aliança diz que “vem a público para repudiar o uso inadequado das Escrituras Sagradas, a Bíblia, juntamente com as interpretações e afirmações daí decorrentes, especificamente as feitas quanto a supostas maldições existentes sobre africanos e negros. Afirmações desta natureza são fruto de leitura mal feita de parágrafos bíblicos, tomados fora do seu contexto literário e teológico, que acabam por colaborar com os interesses de justificar pensamentos e práticas abusivas, contrárias ao espírito da Palavra de Deus, cujo foco está na Justiça, na Libertação e na promoção da Vida e Dignidade Humana”.
No final do texto, lamenta “o equívoco provocado por tal vulgarização do texto bíblico, bem como a banalização quanto ao conteúdo de nossa fé”. Curiosamente, o próprio pastor Feliciano já declarou que foi mal interpretado quando escreveu sobre o assunto em seu perfil do Twitter dois anos atrás. A manifestação da Aliança Evangélica ocorre na mesma semana que outra instituição do tipo, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs voltou a pedir a saída de Feliciano.
Leia na íntegra a nota da Aliança Evangélica aqui.