domingo, 10 de junho de 2012

Líderes cristãos condenam lançamento de “super-heróis gays”



Personagens de história em quadrinhos nem sempre retrataram as minorias. No Brasil, a “Turma da Mônica” já conta com personagens como o cadeirante Luca e a cega Dorinha.
Quando a editora Marvel publicou uma revista sobre um Homem-Aranha “alternativo”, negro e descendente de latinos, muitos fãs torceram o nariz. Mas a revista foi um sucesso de vendas, indicando que o assunto desperta interesse.
Agora, parece que os líderes cristãos também têm um motivo para torcer o nariz. A editora DC Comics confirmou que Alan Scott, o Lanterna Verde original, é homossexual. Na revista que sai nos Estados Unidos esta semana, ele apresentará aos leitores Sam, seu namorado. E ele não está sozinho. A editora Marvel, em maio, casou o humano Kyle Jinadu com Estrela Polar, mutante membro dos X-Men, e seu namorado.
Esses anúncios sobre a sexualidade dos super-heróis têm gerado revolta em grupos cristãos. Na semana passada, algumas associações conservadoras fizeram uma campanha para que a DC cancelasse a revelação.
Monica Cole, falando em nome da associação de mães cristãs OneMillionMoms.com, ligado ao ministério evangélico Associação de Famílias da América, declarou: “DC Comics e Marvel têm uma agenda determinada. Eles querem doutrinar as mentes jovens e impressionáveis quando retratam esses personagens gays sob uma ótica favorável. Eles querem doutrinar as crianças desde cedo. Estão fazendo isso e sendo bem sucedidos”.
Já Glenn Stanton, diretor de estudos sobre formação da família do ministério Focus on the Family, disse que é “vergonhoso impor esta questão sobre as crianças. O que é realmente perturbador é a arrogância desses criadores de histórias em quadrinhos e desenhos animados que pensam que seu trabalho não é só para entreter. Eles querem doutrinar, pregar para nós. Nós vamos à igreja para ouvir uma pregação, não esperamos isso dos quadrinhos”. Ele também acredita que é um conceito político. “Essas revistas em quadrinhos não são apenas para diversão, são formas de ativismo social”, afirma Stanton.